



Uma história de sucesso e superação
Biólogo com Asperger se torna mestre em ecologia e está entre minoria no mercado de trabalho
Daniel Jansen é biólogo, mestre em ecologia marinha e, após superar com suas notas os candidatos em um concurso público, trabalha há cinco anos como analista ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo.
A trajetória de sucesso já coloca Daniel entre o seleto grupo de brasileiros privilegiados com o acesso a todos os níveis de ensino, incluindo um mestrado, e uma boa colocação no mercado de trabalho. Mas a história de Daniel incluiu ainda outros obstáculos a superar, o do preconceito e das estatísticas, que mostram que mais de 80% dos adultos portadores do autismo são desempregados, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Hoje, o biólogo valoriza a independência econômica que o emprego lhe proporcionou. Este ano, foi justamente estetema — trabalho — escolhido para ser colocado em evidência nos eventos que marcaram o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, em 2 de abril. Uma das características dos autistas é termais facilidade que os outros para determinadas tarefas, como, por exemplo, reconhecer melhor padrões e a atenção redobrada aos detalhes. Mas a dificuldade em socializar acaba em descriminação nas contratações.
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- Daniel e Luana / Fotografia Juan Esteves
Para chegar lá, Daniel contou com uma ajuda especial e pouco comum: da cachorra Luana. Depois da chegada do animal, ele, portador da síndrome de Asperger, um espectro do autismo que se caracteriza por falta de habilidades de comunicação e interação social, passou a ficar mais calmo e confiante. E, com o tempo, se tornou, segundo a organização não governamental (ONG) Instituto para Atividades, Terapias e Educação Assistida por Animais de Campinas (Ateac), o primeiro brasileiro com o transtorno a defender uma tese de mestrado. “Foi com a Luana que ele treinou a apresentação da tese e teve condições de enfrentar o público”, conta Sílvia Jansen, também bióloga e mãe deDaniel.
Essa experiência em casa e o progresso observado no próprio filho levou Sílvia a fundar a Ateac, que usa cães para auxiliar os autistas a interagirem socialmente e superarem a falta de habilidades de comunicação. O instituto nasceu da vontade de Sílvia de multiplicar o que havia aprendido e vivenciado na própria família. “O trabalho com os animais beneficia a comunicação e linguagem, a estimulação sensorial, a coordenação motora, a própria estima, os autocuidados eas habilidades sociais dos autistas”, enumera.
Texto: Raquel Valli – Agência Anhanguera – Correio Popular – 5 de abril de 2015
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“Alguns anjos não possuem asas, possuem quatro patas, um corpo peludo, nariz de bolinha, orelhas de atenção, olhar de aflição e carência.
Apesar dessa aparência, são tão anjos quanto os outros (aqueles com asas).
E se dedicam aos seus humanos tanto quanto qualquer anjo costuma dedicar-se. Que bom seria se todos os humanos pudessem ver a humanidade perfeita de um cão!”
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