



Nos bastidores
Por Fabiana Parajara
Na Ateac, cada atendimento é acompanhado de perto por um psicológo. Eles planejam as atividades, orientam as visitas a hospitais e outras entidades e monitoram a evolução de quem recebe o apoio dos cães-terapeutas. Na entrevista a seguir, Helena Gomes, uma das psicólogas da Ateac conta um pouco da rotina e da importância do trabalho.
Como os animais atuam na melhora do bem-estar de seres humanos?
- Os cães terapeutas estabelecem um vínculo diferenciado com as pessoas. Eles não têm uma intenção predeterminada, desta forma a relação é genuína. Nos atendimentos com a pessoa autista, por exemplo, o cão desenvolve o contato aos poucos o contato, de acordo com a aceitação do atendido. Conforme o contato se amplia, é o afeto do animal que proporciona uma evolução no quadro. Quanto às crianças atendidas em hospitais, a simples presença do cão terapeuta traz de volta uma alegria contagiante: o local de tratamento, toma outras cores, o animal recupera as lembranças do brincar.
Os benefícios são duradouros ou momentâneos?
- Temos o cuidado para que o atendimento seja constante: uma vez por semana, com dia e hora marcada, tanto em hospitais, instituições e atendimentos individuais. Os atendidos esperam o retorno do cão terapeuta. Para que se tenha benefícios é necessário estar atento, caso a caso, com começo, meio e fim do tratamento.
Qual é o papel das psicólogas que acompanham os voluntários?
- O psicólogo apresenta as atividades que serão feitas e observação as reações do atendido. Se preciso, mudamos o tipo de atendimento, acompanhamos a evolução e o desenvolvimento dos objetivos determinados. Fora do atendimento, montamos os relatórios de atividades, discutimos cada caso e fazemos a relação do material necessário.
Como profissional, o que a experiência na ONG agregou? Você tinha trabalhado com Terapia Assistida por Animais (TAA) antes?
- Não havia trabalhado pessoalmente com TAA e foi a Silvia Jansen (presidente de honra da ONG) quem me ajudou com as referênncias bibliográficas e no dia a dia da prática. Sempre tive um amor imenso por cães e, com certeza isso ajudou muito na decisão de trabalhar na Ateac. Gosto tanto que atualmente faço Medicina Veterinária, gostaria de me aprofundar no comportamento animal.

Helana e Baco – Foto: Paula Castro
Você é dona de um cão-terapeuta, o Baco. É o primeiro que participa da assistência com animais?
- Tenho animais de estimação desde a infância, mas o Baco é o primeiro terapeuta. Ainda tenho o Leopoldo e a Joaninha. A maior diferença entre o Baco e os outros é jeito dele de lidar com as situações, o afeto dele com tudo e com todos. Nunca tinha convivido com tamanho amor.
Bem vindo ao blog da ATEAC!
“Alguns anjos não possuem asas, possuem quatro patas, um corpo peludo, nariz de bolinha, orelhas de atenção, olhar de aflição e carência.
Apesar dessa aparência, são tão anjos quanto os outros (aqueles com asas).
E se dedicam aos seus humanos tanto quanto qualquer anjo costuma dedicar-se. Que bom seria se todos os humanos pudessem ver a humanidade perfeita de um cão!”
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