Ensinando crianças autistas a interagir com cães

Conviver com um cão pode ajudar autistas a desenvolverem independência e senso de responsabilidade. É importante, entretanto, que o autista aprenda a se comportar na presença do cachorro, evitando estranhamentos de ambas as partes. É provável que o autista tenha reações semelhantes às de qualquer criança na presença de cães, e queira apertar o animal, mexer em seu focinho, orelhas e boca ou então puxar seu rabo. Isso pode assustar ou deixar o cão bravo, que, para defender-se, pode rosnar ou até ameaçar morder.
O primeiro passo, portanto, é ensinar ao autista que ele deve manter a calma diante do cachorro, mostrando e dizendo claramente o que ele não deve fazer para que o animal não se sinta ameaçado. Antes mesmo de o autista entrar em contato direto com o cão, é importante repetir algumas vezes que não se deve correr atrás do animal se esta ainda não for uma brincadeira corriqueira. Sempre que se depararem com um cão, os pais podem aproveitar para explicar que os cães não gostam de ser abraçados e se assustam quando alguém fala alto com eles.
Explicar as conseqüências de um comportamento errado com cachorros, como mordidas, também é essencial, assim como explicar o porquê dessa reação do animal. O mesmo vale para os cuidados que o cachorro receberá – como alimentação, colocar guias para passeio, banhos e escovação – e dos quais o autista poderá participar, conforme sua própria vontade e o temperamento do animal.
Ensinar que não se deve mexer no animal enquanto ele estiver comendo ou dormindo, por mais dócil que ele seja, pode evitar surpresas desagradáveis, assim como mostrar ao autista os sinais que o animal envia quando está bravo ou quer ficar sossegado, e a melhor maneira de acariciar o animal, suavemente.
Isso tudo pode ser feito com a ajuda de um animal de pelúcia, ou, conforme a disposição da família, com teatrinhos e ilustrações. Com alguns cuidados, o autista pode ganhar um grande amigo, que o acompanhará fielmente por muitos anos, como só os cães são capazes.
Texto: Silvana Schultze
Fonte: Meunomenai
http://meunomenai.com/2013/10/03/ensinando-criancas-autistas-a-interagir-com-caes/ – disponível em 03.10.2013
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“Alguns anjos não possuem asas, possuem quatro patas, um corpo peludo, nariz de bolinha, orelhas de atenção, olhar de aflição e carência.
Apesar dessa aparência, são tão anjos quanto os outros (aqueles com asas).
E se dedicam aos seus humanos tanto quanto qualquer anjo costuma dedicar-se. Que bom seria se todos os humanos pudessem ver a humanidade perfeita de um cão!”
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Olá se for possivel gostaria de receber informações de quais atividade podem ser realizadas com cães para ajudar o autista?.